Luso-Poemas - Quando começaste a escrever poemas?
Francisco - Bem, para ser sincero não sei bem como, quando e porquê de começar a escrever poemas.
Surgiu de uma forma muito estranha, pois eu antes da poesia já escrevia, mas era tudo em prosa, de tal forma que eu há uns quatro, cinco anos atrás estava empenhado a escrever prosa, que bem se podia transformar num livro bastante engraçado e o ritmo era tal, que já tinha praticamente três capítulos escritos e também já tinha os próximos capítulos mais ou menos planeados a nível de estrutura. E mais, tudo o que dizia respeito a personagens, sua caracterização, ambientes e tudo mais, já estava feito. Mas até que um dia e para desgosto meu, perdi todo o material e os papéis onde tinha até então escrito a minha obra que já ambicionava a alguns anos. E não fugindo muito mais à questão, posso ainda destacar que não coloco fora de parte e dos meus horizontes, voltar a escrever um livro da mesma temática com a qual eu estava a trabalhar naquele que perdi.
Respondendo agora verdadeiramente à questão da escrita de poemas, foi um bocado complicado também para mim compreender a mudança de escrita, mas o que aqui é de salientar, é que ainda bem que comecei a escrever poemas, pois tem tanto de bom, ajuda-nos a libertar espiritualmente, é algo de espantoso. Posteriormente a isto, e para deixar aqui expresso as minhas razões da poesia, digo desde já que são demasiado complexas para com a minha idade. As razões debruçam-se principalmente na infância que tive, naquilo que já enfrentei desde os meus dois meses até à minha presente idade a nível de problemas de saúde, a perda de familiares bastante especiais na minha Vida, experiências, vivências, entre outros factores.
L.P. - Tens algum livro publicado ou gostarias de ter?
F. - Não tenho nenhum livro publicado, infelizmente.
E para mim publicar um livro, é sem sombra de dúvida um grande sonho que cobiço realizar a curto ou médio prazo.
Como referi anteriormente, tinha meio caminho andado para a elaboração de um livro, mas deitei tudo a perder aquando da perca de todos os materiais e cadernos que eu dispunha até à altura do desaparecimento.
Esse livro que perdi, estava-me a dar imenso prazer em escrevê-lo, pois todo ele abordava uma temática que eu gosto bastante que são as motos. Dentro desse tema, falo de diversas coisa, como por exemplo: o quotidiano de um motociclista, com tudo o que lhe possa acontecer no possível e imaginário, as corridas nacionais e internacionais, concentrações…Basicamente são estes os pontos principais. E como eu sou um fanático por motos desde muito novo, posso aqui dizer que andei cerca de 14 anos ao pendura com o meu pai para quase todo o lado, e descrevo isto como uma verdadeira adrenalina.
Como principal fonte de inspiração na escrita desse livro, estava a usar como base a banda desenhada muito engraçada do Luís Pinto Coelho, um colaborador assíduo da revista da especialidade “Motociclismo”, é sem dúvida uma banda desenhada que se mais alguém como eu tivesse a ideia de literalmente lhe pegar, e lhe desse uma transformação para texto, dizia que era a coisa mais incrível e espectacular. Eu quando na altura falei com os meus colegas que assistiram ao início da minha aventura, disseram-me logo que assim que eu o tivesse publicado, que de pronto o compravam. Por outro lado, e como a poesia está a ser um segundo marco na minha Vida, não coloco fora de hipóteses de também publicar um livro de poemas todos da minha autoria, pois tenho em casa e nos meus amigos, sem dúvida os meus maiores críticos.
L.P. - Tens comentado bastantes poemas! Achas que deves seguir a filosofia de comentar para ser comentado, ou comentar o que realmente te desperta interesse? Que achas dos comentários depreciativos? Achas que o comentário deva ser uma crítica? Ou um agradecimento?
F. - Tenho sim comentado bastantes poemas como é aqui possível observar.
Na minha opinião, acho que a filosofia a seguir, é um pouco ao critério de cada um de nós, na medida em que neste ponto as opiniões são bastante divergentes, e para mim em carácter particular, vejo os comentários como algo de grande valor, uma vez que dá para focar dois pontos muito distintos um do outro. Ou seja, dá a oportunidade ao escritor de ver apreciada, criticada e avaliada toda a sua escrita, e é ainda um contributo para que noutras ocasiões melhore determinados pontos. Por outro lado, o crítico tem a seu favor uma hipótese de fazer ver ao poeta o seu interesse pelo seu trabalho, debruçando-se basicamente na análise das suas capacidades expressivas utilizadas pelo autor, para enaltecer todos os seus sentimentos, ideias, pensamentos que lhe vão na alma, pondo tudo isso em causa ao longo do poema.
Eu só comento maioritariamente aquilo que desperta interesse, após ter feito uma primeira leitura diagonal, e a posteriori, ter confrontado o texto lírico ou prosaico com o título e tema em questão. Se isso for concordante com a minha análise, então aí sou sincero e de pronto comento.
Respeitante aos comentários depreciativos, o que posso dizer….Bem, não é assim do agrado de quase ninguém, mas por vezes eles surgem e como eu disse previamente, pode dar frutos para mais tarde, e na escrita de outro texto ou poema, já não cometer esse tipo de erros. Assim sendo, a probabilidade de as coisas saírem melhores é maior.
O comentário pode ser ambas as coisas, ou uma crítica ou um agradecimento, tudo depende do ponto de vista de cada leitor e do assunto que se tarta no texto.
L.P. - Como encontraste o site? Qual a tua opinião sobre ele, gostarias de fazer alguma sugestão?
F. - O site do Luso-Poemas não o encontrei propriamente dito. Soube da sua existência através de um colega meu, o Bruno que também está aqui listado, e quando ele me falou do site, cativou-me de pronto a visitá-lo inicialmente, mas…Mas o bichinho da escrita jamais me vai largar, decidi registar-me então e começar a publicar os meus textos. Afirmo claramente que o início, ou seja, os primeiros tempos foram complicados para mim, pois não estava nada habituado a ser confrontado com comentários do exterior aos meus textos, mas com o desencadear das situações e do meu maior envolvimento, as dificuldades foram-se superando e hoje em dia já não as sinto de maneira alguma.
Aquilo que eu acho do site?? Bem, nem sei por onde começar a descrever! A minha opinião a respeito do site é totalmente positiva, pois consegue-se gerar neste cantinho coisas de outro Mundo, quero eu dizer com isto, que tudo ou quase tudo daquilo que aqui é publicado tem coração e garra por parte de quem os escreve. Maior parte dos membros que aqui se encontram filiados, corre-lhes sangue de poetas nas suas veias. O site quase diariamente recebe actualizações, ou dados para que num determinado prazo essas alterações de acessibilidade e novos pontos de acesso venham a ser construídos. Neste ponto há a divulgar que quer da parte da administração, quer da parte de quem colabora assiduamente ou com regularidade com o site, é de louvar o forte empenho constante de ambos os lados para que este se encontre sempre ao gosto dos seus utilizadores de maneira persuasiva.
Sugestão assim de momento, não me ocorre mas já foram postadas no fórum algumas que se devem tornar reais, como é o caso do livro com a colaboração de um pouco de todos os filiados, com um poema.
Sem dúvida que estou entregue ao site!
Para mim, tento aproveitar todos os dias um bocadinho de tempo para dedicá-lo ao site, pois não se não o fizer, é como se não pertencesse a esta comunidade.
Beijinhos e abraços para aqueles com quem me sinto bem a falar e a comentar: Jojo, Carla Costeira, João Filipe Ferreira, Bruno, Stella, e outros amigos externos a este cantinho.