
Códice da Pátria Luanca
Publicado em 09/08/2007 18:20:00 | Editora: Editora Ver o Verso
| 5 de Maio de 2024 é a data do sublime momento da Ignescência! Mas a epopeia começa alguns milénios antes, com a instalação do Coração Cósmico nos quadraçais do Rabaçal, algures junto à Ponte de Vale de Telhas, e cuja salvaguarda tem constituído, desde então, o espírito da Pátria Luanca. As hordas de conquistadores romanos e árabes, e os modernos predadores, foram incapazes de devassar o sagrado templo celta Luanco a partir do qual uma Rosa sagrada, que arde sem se consumir, protege a paz, asperge amor nos corações, viço nas plantas, pureza no ar e frescura na água. …E será o ignitor da nova Civilização!
Henrique Pedro
Códice da Pátria Luanca
(O Enigma da Ponte de Vale de Telhas)
Ego sum qui sum!
São os meus pensamentos afectos e sentimentos minha força de amar que põem o Universo a pulsar!
Ser ou não ser não é a questão mas antes saber se sou ou não ilusão
Eu mesmo nós próprios somos Deus condenados à nossa própria salvação
in “Minha Pátria Montanha”
Á Humanidade!
Nota do autor: Por precaução alguns nomes, datas e locais foram alterados.
Índice
Prólogo I – A lenda II – A rosa que arde sem se consumir III – O testemunho do moleiro Vinício IV – O códice da Pátria Luanca V – Flávia, agapeta virtuosa VI – Ildefonso de Pinetus VII – De como Vale de Telhas tomou o nome VIII – Entre Vale de Telhas e Vale de Freixo IX – No limiar do Santuário Luanco X – Os últimos dias de Mente XI – Os primeiros dias de Vale de Telhas XII – O terceiro túmulo XIII – Do futuro próximo XIV – Eclipse ou revelação? XV – A colina das boas ideias XVI – Celp(h)ius XVII – A caminho da Caverna dos Maus Pensamentos XVIII– Na Caverna dos Maus Pensamentos XIX – Quem é Mobius? XX – Entre a existência e vida XXI – Enigmas de fim de caminho XXII – No limiar do Coração Cósmico XXIII – Do pecado original XXIV – Pai, Filho e Espírito Santo XXV – CILUS (Conselho de Consciências Incorpóreas) XXVI – X(O)X - A WEB cósmica XXVII - Nasce uma Consciência Incorpórea XXVIII - “Te lucis ante terminum” XXIX - A dimensão cósmica do Amor XXX - Regresso ao presente futuro XXXI - Do Excelsus XXXII - Regresso à luz do dia XXXIII - A anunciada Ignescência XXXIV - Uma visão da Cabala XXXV - Entre o real e o fantástico XXXVI - A voz do Criador XXXVII - Triângulo de amor e reflexão XXXVIII - Retorno ao berço celta luanco XXXIX - A odisseia Atlante XL - Dos “luae” até Flávia XLI - Deógena XLII- A batalha de Pinidius XLIII - Decifra-se a lenda XLIV – A pedra que falta Posfácio Apóstila Cronologia Personagens Glossário Mapa I – A Pátria Luanca no Mundo Mapa II – Mirandela à beira do Atlântico Mapa III – A Terra Quente Mapa IV – O Coração da Pátria Luanca Mapa V – O Santuário Luanca Mapa VI – Itinerário Geral Mapa VII – Itinerário de pormenor
Prólogo
Quando, a partir das serras da Padrela ou de Montezinho, da Nogueira ou de Bornes, o relevo se afunda e adoça e o granito cede lugar ao xisto, o ar aquece e o solo se torna mais generoso, o Tuela e o Rabaçal, que acabam abraçados no Tua, demarcam, coadjuvados por outros tributários menores, um território ondulado de suaves colinas e vales arejados, no qual imperam olivais, vinhedos, hortas e pomares. É a Terra Quente! Rica de excrescências castrejas mitificadas por sedutoras lendas de tesouros e moiras encantadas, disfarces de verdades passadas que a História não encontrou melhor forma de registar. Os vestígios mais antigos e decifráveis sugerem ter sido habitada por tribos Luancas, da grande família Celtibera, que tinham a sua principal cidade no ópido Merva, situada nos limites da actual Mirandela. Faziam da bolota o pão do dia a dia, prestavam culto ao varrão, alegravam-se de puro vinho e untavam o estômago e o corpo com azeite virgem. Viviam, preferencialmente, em castros alcandorados sobre os rios, mas também edificavam frágeis povoados, com ramos, lama seca e colmo, quando se entregavam a insipientes práticas agrícolas. Dominados pelos Romanos primeiro, Suevos e Visigodos mais tarde, todos acabariam rendidos à Fé de Cristo congraçados numa nação cristã, com excepção dos muçulmanos, que também entram na história, sem que por aqui tenham delegado outras marcas relevantes que não sejam os traumas culturais resultantes do seu desapiedado fanatismo. Já os israelitas, insinuantes e pacíficos, como é seu timbre, na peugada de todos os invasores ou acossados de outros reinos e paragens, desde sempre souberam fazer sentir a sua presença, integrando-se nas sociedades instaladas e influenciando, de forma indelével, cultura, usos, costumes, gastronomia e caracteres. Mas a verdadeira alma desta terra está, sobretudo, no seu incomparável telurismo, na magia das energias fluviáteis, nas forças benéficas guardadas no caos imponente dos maciços graníticos que protegem os rios, e que, só agora, nos tempos que correm, a dinâmica descomunal das modernas tecnologias ousa ameaçar e subverter. Como no caso da ponte de Vale de Telhas, cujo enigma, todavia, não está na Muralha, nem no Cabeço ou, mais abaixo, no Buraco da Muradelha, entre Vale de Salgueiro e o rio, nem tanto na própria ponte mas, outrossim, um pouco mais acima, adensando-se por sobre toda a mítica pátria Luanca. Lá iremos! encomendas enviar mail para: geral@veroverso.com
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