De volta aos tempos dos amores impossíveis, aos sofrimentos e sacrifícios por esses amores, é esta a viagem que Verónica Mendes nos convida a encetar. E convida-nos com a doçura das suas palavras, com o carinho abismal que cada uma contêm. Estamos pe-rante uma poesia romântica, mas ao mesmo tempo depressiva, por vezes desesperada, uma descrição do sentimento de perda, quase sufocante. A autora capta bem a ansiedade da privação, a repetição tediosa dos dias banhados pela ausência daquele outro, que pode ser um homem, uma mulher, um sentimento especial, uma disposição mais primitiva que por um segundo nos encontrou num passado que a memória apagou, mas que a essência de cada um resguardou como força que rasga o presente e nos devolve um novo futuro.
Verónica Marques Mendes nasceu em França a 17 de Agosto de 1978. Veio para Portugal muito jovem, com apenas 5 anos. Foi no início da juventude que surgiu em Verónica Mendes a paixão pela escrita, tinha então cerca de 14 anos, tendo começado a escrever assiduamente a partir dos 17, fazendo-o sobretudo ao som constante de música clássica como Chopin. Costuma dizer que é uma apaixonada, uma romântica incurável, adora a noite e tem uma paixão enorme pelo mar de S.Pedro Moel, sítio onde escreveu grande parte da sua obra e onde me refugia frequentemente à procura de paz e tranquilidade.
Escrever para a autora descrever o que lhe vai na alma, o que de mais puro e intenso existe em si.