Entre as margens da memória
(Prosa poética)

Sinopse: Procurando a via, o desenho de cada passo, Paulo Afonso Ramos mesura o tempo e lega-nos o esculpir da memória que entre margens se guarda.

ISBN: 978-989-8261-76-2 - Pág.: 78

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O corpo segue o que a mente manda. Há, portanto, uma força motriz que gere o nosso Universo, num nosso que é, de facto, o de cada um, em exclusivo.
A mente concede-nos um vasto leque de mais-valias, quer no propósito de serem influências ou protecções, mas também na, na parte da concepção, inteligência ou imaginação.
Depois vem a memória, aquela outra parte que reside na mente e que é fundamental para que o ser humano subsista. Memória e mente chegam a confundir os pensamentos dos outros. De tão próximas estarem, de tão dependerem uma da outra.
Em relação à escrita, neste “Entre as margens da memória”, há um vasto mundo de afectos, de sonhos e da imaginação que confunde a sua origem, quando classificamos a escrita de criativa, logo feita através da imaginação e apoiada pela inteligência. Também assim acontece, por vezes, mas há um lastro que é oriundo da memória, mesmo a que consideramos inconsciente, e que, de facto, existe!
A verdadeira questão é sabermos balizar as margens da memória para assim podermos usufruir do que bem dentro delas existe, que, no caso, não são mais que uma mão-cheia de textos, diversificados, saídos da mente – logo também originários da memória.