Sinopse:
Poeta do ocre quente em final de tarde com salpicos pretos a esvoaçar rasando
telhados, ruas calmas e adormecidas. Poeta do sentimento e do detalhe que nos
transporta à memória do simples acto diário em jogo de sobrevivência.
E tudo parece tão natural, tão real, que a dimensão temporal que medeia entre
a descrição e o acontecimento se esvai num murmúrio lento, melífluo e acolhedor.
Poeta do ocre quente em final de tarde com salpicos pretos a esvoaçar rasando
telhados, ruas calmas e adormecidas. Poeta do sentimento e do detalhe que nos
transporta à memória do simples acto diário em jogo de sobrevivência.
E tudo parece tão natural, tão real, que a dimensão temporal que medeia entre
a descrição e o acontecimento se esvai num murmúrio lento, melífluo e
acolhedor.
Conheci o Daniel por acaso. Obras dos tempos modernos, do portal de
comunicação cibernáutico, que ampliam as relações humanas. Cedo se mostrou
interessado em colaborar num projecto já de si, também ele, desinteressado.
Daí, à apreciação singular da sua escrita, todos foram unânimes em
realçar as formas, o termo escorreito utilizado e a realidade retratada em
pinceladas literatas. Atrevo-me mesmo em considerá-lo um poeta do neo-realismo
moderno, na denúncia que faz das injustiças sociais apaziguadas, as demais das
vezes, pelo tom leve e envolvente de uma escrita mítica queiroseana. Mas a
realidade está lá. Escancarada, "...como um incêndio de verão sem
remédio onde todo o vento sopra". Destinada realidade.
Luís Ribeiro Chorão