“Parece-nos evidente que o universo poético de Mel de Carvalho está ligado a uma visão órfica do mundo. Este cântico é um cântico do mistério, das coisas mágicas, do ritual celebrante, da linguagem liberta de todos os fins instrumentalistas e usurários.
“Parece-nos evidente que o universo poético de Mel de Carvalho está ligado a uma visão órfica do mundo. Este cântico é um cântico do mistério, das coisas mágicas, do ritual celebrante, da linguagem liberta de todos os fins instrumentalistas e usurários. Encontramo-nos, de facto, no domínio da palavra purificadora, palavra primeira que busca a unidade matricial. Cada palavra é aqui um passo em frente, um passo vertical em busca da madrugada uterina: ponto de partida e chegada, aliança inviolável.”
In “Sibilam Pedras na Encosta – Uma Leitura da Poesia de Mel de Carvalho”
por Luís Costa, Crítico e Ensaísta, Alemanha - Züschen, XXV. VIII. MMVII