
A um filho morto
Publicado em 11/11/2024 22:10:00 | Tópico: Sebastião Alba
| Ontem a comoção foi da espessura dum susto duma árvore correndo vertiginosamente para dentro do desastre
E já não choramos. Passamos sem que o mais acurado apelo nos decida
Nas camisas teu monograma desanlaça-se. Tua mão vê-o nos céus nocturnos sabe que há uma ígnea chave algures
Minha tristeza não tem expressão visível como quando a chuva cessa sobre a dádiva fugaz do nosso sangue que hoje embebe a terra
É tal a ordem em nós que um odor a bafio sai de nossas bocas e uma teia de aranha interrompe o olhar que te envolveu em vão.
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