
Soneto
Publicado em 03/10/2007 21:00:00 | Tópico: António Gedeão
| Ao Luís Vaz, recordando o convívio da nossa mocidade
Não pode Amor por mais que as falas mude exprimir quanto pesa ou quanto mede. Se acaso a comoção falar concede é tão mesquinho o tom que o desilude.
Busca no rosto a cor que mais o ajude, magoado parecer aos olhos pede, pois quando a fala a tudo o mais excede não pode ser Amor com tal virtude.
Também eu das palavras me arreceio, também sofro do mal sem saber onde busque a expressão maior do meu anseio.
E acaso perde, o Amor que a fala esconde, em verdade, em beleza, em doce enleio? Olha bem os meus olhos, e responde.
**************************************************
|
|