
Ó tu, consolador dos malfadados
Publicado em 25/09/2007 14:50:00 | Tópico: Bocage
| Ó tu, consolador dos malfadados, Ó tu, benigno dom da mão divina, Das mágoas saborosa medicina, Tranquilo esquecimento dos cuidados:
Aos olhos meus, de prantear cansados, Cansados de velar, teu voo inclina; E vós, sonhos d’amor, trazei-me Alcina, Dai-me a doce visão de seus agrados:
Filha das trevas, frouxa sonolência, Dos gostos entre o férvido transporte Quanto me foi suave a tua ausência!
Ah!, findou para mim tão leda sorte; Agora é só feliz minha existência No mudo estado, que arremeda a morte.
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