
Um Homem na Cidade
Publicado em 12/07/2007 12:10:00 | Tópico: Ary dos Santos
| Agarro a madrugada como se fosse uma criança uma roseira entrelaçada uma videira de esperança tal qual o corpo da cidade que manhã cedo ensaia a dança de quem por força da vontade de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua que no meu Tejo acende o cio vou por Lisboa maré nua que se deságua no Rossio.
Eu sou um homem na cidade que manhã cedo acorda e canta e por amar a liberdade com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada da lua cheia de Lisboa até que a lua apaixonada cresça na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota todo o mau tempo no mar alto eu sou o homem que transporta a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada colho a manhã como uma flor à beira mágoa desfolhada um malmequer azul na cor.
O malmequer da liberdade que bem me quer como ninguém o malmequer desta cidade que me quer bem que me quer bem!
Nas minhas mãos a madrugada abriu a flor de Abril também a flor sem medo perfumada com o aroma que o mar tem flor de Lisboa bem amada que mal me quis que me quer bem!
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