António Gedeão : Soneto
em 03/10/2007 21:00:00 (4805 leituras)
António Gedeão

Ao Luís Vaz, recordando o convívio da nossa mocidade

Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção falar concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.

Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer aos olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.

Também eu das palavras me arreceio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.

E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.

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Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 03/10/2007 21:34  Atualizado: 03/10/2007 21:34
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 Re: Soneto
Um soneto para uma aprendiz como eu
se espelhar, marvilhoso!

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