Sophia Andresen : Em Hydra, evocando Fernando Pessoa
em 21/09/2007 15:57:48 (3570 leituras)
Sophia Andresen

Quando na manhã de Junho o navio ancorou em Hydra
(E foi pelo som do cabo a descer que eu soube que ancorava)
Saí da cabine e debrucei-me ávida
sobre o rosto do real - mais preciso e mais novo do que o imaginado

Ante a meticulosa limpidez dessa manhã num porto
Ante a meticulosa limpidez dessa manhã num porto de uma ilha grega

Murmurei o teu nome
O teu ambíguo nome

Invoquei a tua sombra transparente e solene
Como esguia mastreação de veleiro
E acreditei firmemente que tu vias a manhã
Porque a tua alma foi visual até aos ossos
Segundo a lei de máscara do teu nome


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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/09/2007 12:57  Atualizado: 25/09/2007 12:57
 Re: Em Hydra, evocando Fernando Pessoa
Obrigado Isabel por trazeres até nós esta gota de sublime poesia.

Um abraço.

hAp

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