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Enviado por | Tópico |
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Manuela Fonseca | Publicado: 19/09/2007 09:06 Atualizado: 19/09/2007 09:06 |
Colaborador
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Re: Não posso adiar o amor
Querida Angela,
Não devemos mesmo adiar o nosso coração. Senti um grito profundo neste teu poema! Beijinhos da amiga Manuela*** |
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Enviado por | Tópico |
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AlvaroGiesta | Publicado: 12/06/2009 22:21 Atualizado: 12/06/2009 22:21 |
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Re: Não posso adiar o amor
Sem pretensões ao que quer que seja, se nos é dado conhecermos poetas consagrados da nossa literatura, sendo este um dos maiores da nossa época contemporânea, se não o maior, não nos podemos ficar, quando os lemos, pelos simples "elogios" a quem os deu a conhecer com comentários vagos e imprecisos.
Este merece-nos, além de admiração, meditação também. Não fosse ele (seja, porque ainda é vivo) um dos mais difíceis de ler e interpretar. Ramos Rosa tentou, com a sua poesia elíptica, sem as limitações impostas pela organização sintáctica e uma liberdade poética caracterizada pelo equilíbrio e harmonia, a aproximação entre os elementos antagónicos por intermédio do culto da palavra. Aqui, bem evidente, entre o grito que sufoca na garganta e o ódio que faz estalar montanhas; entre o tempo e contra o tempo nesta forma de não adiar por mais tempo o amor que suplanta o ódio; os dois pólos antagónicos que distantes se aproximam na forma de ferir, sendo arma de dois gumes; entre a noite secular e a aurora que tarda em despertar, mas desperta finalmente assim como o amor suplanta as indecisões da vida e o grito da liberdade é a resposta onde o sujeito se acolhe. |
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