Na Escuridão
na escuridão o poema não dói tanto
a luz machuca o poema
provoca uma dor de faca afiada
e o sangue não estanca nunca
na escuridão as palavras parecem mais calmas
mesmo na dor são felizes
como aquele cego que tocava cavaquinho na praia
compunha marchinhas de carnaval
e mesmo sem poder ver a folia
enxergava melhor do que todos nós
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AL BUIO
al buio la poesia non fa tanto male
la luce ferisce la poesia
provoca un dolore di lama affilata
e il sangue non si ferma mai
al buio le parole sembrano più calme
anche nel dolore sono felici
come quel cieco che suonava il cavaquinho sulla spiaggia
componeva marcette di carnevale
e anche senza poter vedere la sfilata
scrutava meglio di tutti noi
(tradução italiana de Manuela Colombo)
2 de junho de 2012, 11:57, enviei ao Júlio, no seu site Currupião, a tradução deste poema.
O Júlio respondeu:
manuela,
suas traduções me envaidecem muito. eu vou à minha mulher que as coloquem como texto. é que eu não sei fazer. fico muito honrado com o seu trabalho. se um dia eu for a itália - e vou - quero publicar meu livro com as suas traduções.
carinho,
j.