SONETO MALCRIADO
não - não me peçam mais poemas de amor
respeitem meus versos desesperados
tão mal sucedidos esculhambados
por deus me façam este grande favor
deixem-me mudo com os meus palavrões
pois é deste jeito que eu me sinto bem
a poesia que faço é por desdem
as palavras doces enchem-me os culhões
basta-me apenas o ar que respiro
de uma vez por todas foda-se o resto
que importa saber se presto ou não presto?
não sei escrever... apenas atiro
no fim da briga saio são e salvo
dane-se aquele que errou o seu alvo
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SONETTO MALEDUCATO
no - non chiedetemi più poesie d’amore
rispettate i miei versi disperati
così mal messi sgangherati
per dio fatemi questo gran favore
lasciatemi muto con i miei paroloni
perché è così che io mi sento bene
la poesia che faccio dallo sdegno viene
di parole dolci ne ho pieni i coglioni
a me basta appena l’aria che respiro
una volta per tutte si fotta il resto
che importa sapere se riesco o non riesco?
non so scrivere… appena mi scaglio
in fin dei conti ne esco sano e salvo
all’inferno chi ha fallito il suo bersaglio
(Tradução italiana de Manuela Colombo)
17 de maio de 2012 10:01,
Júlio Saraiva respondeu:
magnífico. e ainda rimou. obrigado, obrigado mesmo. j.