
HiperSoneto
Data 22/09/2009 13:59:55 | Tópico: Poemas
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a consciência é prenha de imaginação pois se àquela o tudo não resiste e se o nada é tudo o que não existe seres que não existem também são.
muito em mim me é sem eu escolher. a esses entes que me tentam ser dirigi-os para se encontrarem com o meu querer e quando lá chegaram, sorrindo retive-os.
a consciência é um nada em pleno ser que se esvazia de todos os vazios pois o real que os contêm não se pode ver mas aos contidos, sem ver este, eu vi-os.
todo o ego é um nada em expansão. pois se quem és é, dentro ou fora, o que viste e se o que viste nunca é o que existe os eus que não sou eu também me são.
incapaz da verdadeira unificação junto todo o pedaço que conquiste do puzzle, que incompleto é triste, desta síntese que cresce pela razão.
não confies em nada do que estás a ler que entrarás em corredores sombrios. observa-os em ti se queres aprender mas não mergulhes nestes falsos rios.
estes conceitos que tento entender entre eu e mim mesmo dividi-os. daqui não só consigo escrever como àqueles, simplesmente, escorri-os.
o Homem vive e é na contradição pois mente ao ser e na vida insiste que nunca é hoje que desiste de ser o que outros não serão.
uma mentira sentida é verdade no que sente mas também no que a conta sinceramente quando mostra o que pensa ter na mente.
assim a mentira também o é isolada pois até fora de qualquer entendimento mantém a voz para ser contada.
é certo que pode ir mascarada e que é forte o seu encobrimento mas há o momento em que é destapada.
é aí que me sinto bem diferente quando sei o que está á minha frente e o vejo com nitidez permanente.
estou sempre certo com a mente errada mas se o que conta é o pensamento se só sei tudo não sei nada.
porque toda a história inventada contém verdades do momento em que a mentira foi criada.
braga, 25 de Dezembro de 2006
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