
Estranho
Data 22/09/2009 05:32:03 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| 
Definitivamente não piso nos meus lugares que muitos. Estive certa de tantos feitos, hoje, nada sei de fato. Busquei entender das soluções e dos meus desatinos, Tão logo, desatei-me a não mais pensar em nada. Amargo é o mel que procuro. Infeliz é a dor que sinto. Ainda assim, entendo o que tanto não sei. Há um mal em cada um. Há um bem a solta. Acordem os últimos sábios e perguntem a eles sobre o nada. Resposta vaga, ninguém sabe dos outros. Corri novamente as paredes desse abismo inóspito. Cerquei-me dessa breve vida frouxa e largada. Despi-me dos flagelos passados. Vesti-me de paz. Sentei ao lado da insegurança, minha companheira. Aprendi cedo o desarrumado de uma vida. Cresci nas impossibilidades de ser tão “eu”. E depois, chorei. Lavei minha face quieta. E ainda assim, não me fiz de entendida. Há um mal em ser assim, faz-me bem. Há um bem em ser assim, faz-me mal. Junte de mim não só as sobras, elas ainda não me são. Olhe para o que inteira me faço. Eu não sou eu no que penso. Sou o que imagino. E minha imaginação socorre-se nessas escritas. Eu, vago por aí, em outros reinos, E conto-me a mesma história de sempre. Só eu sei o que sinto. Amanhã resolvemos. Sorrio e nada mais será estranho.
|
|