
POETA QUE CALA… NÃO!
Data 08/09/2009 18:22:39 | Tópico: Poemas -> Sociais
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Das bigornas, do maço e do martelo, do aço, do metal e do ferro fundido, do esquadro e do compasso nasce uma nova dialéctica, rumo ao futuro.
Do soldador ao vidreiro, do pintor ao sapateiro, do taxista ao talhante, do camionista ao comerciante, da cabeleireira ao vigilante nasce assim um novo proletariado.
Das ceifeiras a ceifa, na terra o arado, do pastor o pastoreio, do peixeiro a pesca, dos guardas florestais a redobrada atenção, contra as mãos assassinas, na eira a desfolhada.
Dos emigrantes aos que cá ficaram, da noiva chorando seu noivo, dos que sem medo aqui ousaram dos que elegeram seu país, contra sucessivos governos sem presto.
Dos que pelo frio saem aos campos, dos varredores aos engraxadores, das novas tecnologias em progresso contínuo, dos ricos aos pobres, este é o nosso país e digníssima voz.
Dos que observam e preservam a natureza, dos jardineiros aos que lutam por um trabalho digno às suas competências, contra os circos e tudo que polui nosso Planeta Azul.
Podem chamar-me tudo o que quiserem: drogado, ladrão, assassino, demagogo, prostituto, sem Deus… poeta que cala: NÃO!
Jorge Humberto 06/09/09
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