
JEITO DE SER
Data 15/06/2007 21:05:50 | Tópico: Sonetos
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Tudo o que sou ou não sou, a poucos diz respeito, Não por prudência minha ou pouca aceitação, Que é dos amigos que guardo toda a ponderação, Mas porque assim me vejo e este é o meu jeito.
Jeito de ser ou não ser, que trago bem dentro do peito, Assim a gente que protejo e toda esta exaltação De ver nos outros toda a resgatada e subtil imperfeição, Que faz de mim, como deles, um ser mais que perfeito.
E, nas cordas do coração, vai quem sabe o que quer, Sem exagerados, prolixos e mal afamados discursos, Como se, enfim, tratasse de uma pessoa qualquer.
Mas, cautela, tu és nada e ao nada hás-de regressar, Então – e enquanto é tempo – toma a vida pelos pulsos, Sai à rua, e, como um prisioneiro, não te deixes olvidar.
Jorge Humberto 15/06/07
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