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Data 16/08/2009 15:12:39 | Tópico: Poemas
| Escrever é o coito imaginado…
Acto de amor anunciado Vertigem cor de carmim Que entranha a palavra por fim No recanto insaciado Néctar açucarado Que alimenta o frenesim Que a escrita atrai em mim
Pele que desliza em pele…
Percorro cada recanto Desnudo em cada pranto O meu ser enjaulado Que anseia ser desvendado Atraio a imaginação Em êxtase, vertendo paixão Escrever a minha pele Lânguida, branca, o mel Que escorre e chega a ti Nos versos que lês de mim
Acto de amor, desejado…
Filho gerado em paixão Ideia emancipada Que escrevo sem ver a quê Entrega total Sem pesar os porquês Deslizo a mente em deleite Pela brecha do poema Que entreabre o lábios Mordisca os versos Que escorrem pelo papel Uma entrega sem pudor Escrever é acto de amor
A escrita nasceu em mim…
Percorre o teu corpo em transe Em cada palavra dita Imaginas-me faminta Sim faminta, da palavra Louca insaciada Em que recrio o teu mundo Em que penetro e desnudo Os desejos sagazes Digo o que sem pensar fazes Grito o teu nome sem saber Que escrevo, escrevo Aquilo que queres ler Aquilo que teimo em dizer
Eu sou assim Na escrita me enlaço A meu belo prazer.
Antónia R uivo
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