
O TREM
Data 06/08/2009 12:42:58 | Tópico: Poemas
| “O tempo não para”, disse o poeta. Multidão - formigueiro ambulante desprendida sorte no meio-fio da calçada... Trem da vida sobre trilhos sem cessar, subidas e descidas dos vagões, interrupções n’alguma estação. A vida é assim, mistérios...dom precioso e divino! Embarque...riso e alegria, desembarque, dor e pranto inevitáveis...
O mesmo trem para todos... a diferença é vista de dentro há muitos solavancos no percurso solenidades acontecem ao anoitecer, encontros e desencontros também, porque os vagões são diferentes... as vontades são adversas... as combinações não se cruzam... a vida é assim... misteriosa...como noite sem lua!
Há um túnel que transpõe a montanha o trem rompe-o na escuridão os faróis são acendidos o maquinista aciona a buzina um feixe de luz clareia ao longe alguém viaja sozinho e calado o outro, ao seu lado, está cheio de amigos... um terceiro chora... o filho desembarcou antes dele... quem sabe foi um engano?
Amanhã é outro dia – o sol virá sorrindo! A viagem é ininterrupta o trem não pode parar... O maquinista é onipotente. A criança já cresceu... a neve correu para o oceano a maré ficou revolta o monte virou planície... o homem virou ancião... desce na próxima estação.
Assim é o trem da vida levando seus viajantes As estações continuam em algum lugar em pontos estratégicos... ilimitados para embarques e desembarques dos seus passageiros, das breves ou das longas viagens donde se deixam saudades imorredouras ou se passam desapercebidos... ou as luzes do seu vagão foram apagadas...
(inspirado numa mensagem que recebi chamada A viagem de trem de autor desconhecido)
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