
O HORIZONTE DAS PESSOAS
Data 10/07/2009 15:58:46 | Tópico: Épicos
| O horizonte das pessoas o horizonte do tempo distintos ou aparentes se juntam e engatinham pelo mesmo trilho fazem os mesmos caracóis se enristam, se encruzilham, se paralelam.
O horizonte das pessoas rio que na confluência morre fortalece o pantanal seu âmago se ajusta ao forasteiro se converte em sanguessuga e se dispersa no horizonte. O horizonte das pessoas é o que se busca no oriente no ocidente nos pontos colaterais, nos cardeais na utopia. O horizonte das pessoas é a mesma perspectiva desenhada no fundo do nosso painel azul e inalcansável tem a mesma pigmentação e os arremates as mesmas estrelas pregadas nas abóbadas da noite de natal.
O horizonte das pessoas caminha, flutua, adeja, reclama ama cansa pelos quintais pelos arredores da vida embarca pomposo e brilhante retorna empoeirado e roto.
A vontade de amar a pertinácia de ser feliz o vagar paulatino pelas praias o rolar pelas dunas do deserto o anseio de identificar o horizonte, o horizonte afogado no mar da inabstinência. O horizonte é um gesto simulado de ser o que não foi, nem será é o escopo mostrado à vista turva encimado e incrementado de dúvidas é a luz lânguida que alumia.
Fazes o sinal-da-cruz ao deitar benzes-te ao levantar, bocejas então buscas o horizonte que se esconde ou se mostra de corpo inteiro mas foge mágico e fugaz ao se lhe tatear.
Um lugar é o horizonte limpo, azul, sem neve, sem brumas sem manchas, sem espumas.
Horizonte: ponto para o qual se aponta Um guerreiro aborígine arma a flecha retesa o arco _ alvo ambíguo. Segue a marcha rumo ao horizonte o séquito irrompe do nada ganha novos pretendentes um acervo de horizontes. O horizonte das pessoas está além do horizonte de todos os horizontes aí se esmaece e perde-se o tom.
Parece ilusão o horizonte ao alcance de nossa mão regurgitamos sobre a esperança o braço elástico não chega lá Sorriso de criança fome de bebê noiva ansiosa preparando o vestido Riacho que se alimenta vivaz e sem saber se perde no mar se destroça na imensidão não mais se encontra forma novos horizontes.
Dedo em riste onde a terra se ajunta ao céu o mar inflama o azul com centelhas provocantes o céu se perde no mar. A ressaca arrebenta nas falésias o corpo é lançado no fundo do sepulcro cessa ali toda a busca ali acaba o hjorizonte.
JOEL DE SÁ 10/07/2009.
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