
SINFONIA DA GUARDA DA ABERTA CAIXA DE PANDORA
Data 10/07/2009 13:14:25 | Tópico: Poemas -> Sociais
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Desnudam-se da pele Da servidão ao escudo Para destilar, Livre e deliberadamente, Peçonha e lufadas de chumbo
Que conduzem a hoste De crisálidas, alvoradas, Altas manhãs ensolaradas e do limiar Da crepuscular tarde sábia Á ávida bocarra Da pérfida cova rasa.
Não, Nem mesmo se apiedam Do incauto repouso Que, num quarto humilde, Regozijadamente se hospeda:
A bem da verdade, Como discípulos da humana miséria, As sentinelas da Pátria da emoção desértica Alimentam seus olhos de harpia ou hiena Com o colírio da malévola quimera E projetam, em tudo o que contemplam, A paisagem da voragem, da tragédia!
Também vivem Para dirigir ---- com mãos lascivas, ferinas, empedernidas, austeras, férreas ----- A operária orquestra Das inebriantes Mandrágoras modernas.
Afinal, A música da tortura É executada:
O vírus da tristeza Em direção ao povo Sequiosamente se alastra, Dando margem á era Do contínuo desfile Da fúnebre marcha.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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