
LABIRINTO
Data 02/07/2009 03:41:32 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Atropelos e ideais insidiosos, Levaram-me a desterros e desertos, Ilhas e trilhas.
Muros se fechavam ou bifurcavam-se; Adiante, multiplicavam-se em novos muros. Era o círculo vicioso de alamedas estreitas e sombrias.
Crendo caminhar por atalhos, Vi-me metido nas entranhas de um labirinto, Recomeçando sempre que imaginava terminar.
Rodeado de certezas, quase sempre incertas, Tornei-me papel em branco, Sem linhas, sem tintas, sem textos.
Fui dor e doente, Abastado e miserável, Primeiro indicio, depois alvo.
Emparedado, sem horizonte, Verticalizei ao erguer o olhar, Até enxergar focos de luz.
Arfando, sôfrego, indeciso e lerdo, Contornei as próximas esquinas, Até que dei de cara com a saída.
Estancada, a vida pegou no tranco. E do final daquilo que seria o fim, Despontou o início do recomeço.
Daquele foco de luz, surgiram contextos, Apareceram tintas, letras sobrevieram, Palavras têm se formado; acenam-se os textos.
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