
POR ENTRE BECOS E VIELAS
Data 01/07/2009 17:18:02 | Tópico: Poemas -> Sociais
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Por entre becos e vielas, estreitos caminhos empedrados e fachadas de mármore, em casas antigas, quase como que se tocando, a escuridão é total, não fora alguma luz, às janelas, emitida, pelas roupas brancas, penduradas, por laças cordas.
Para onde quer, que olhemos, mil são os caminhos, que se cruzam, entre portas de madeira e escadas, a perder de vista, com seus corrimões, de ferro, de há muito enferrujados, perdida a tinta original, pela força devastadora, do tempo, assim pelo sol e pela chuva e o passar, de mãos.
Tal como seus pais, imensas são as pessoas, que aqui nasceram e deram à luz, os seus filhos, tendo, como parteiras, estes becos e vielas, que é tudo, o que sempre conheceram, em suas vidas, desde quando, crianças, até à velhice, que, aos poucos e poucos, vai tomando conta, de suas lembranças.
Alguns pombos e andorinhas, que por aqui, fizeram seu poiso e ninhos, é tudo o que resta, de imutável, dando alguma alegria e beleza, aos velhos, que estendem, suas mãos calejadas, para alimentar, os pássaros, sem que temam aproximar-se, das pessoas, que conhecem, tudo, na falta de um sorriso, de um menino.
Jorge Humberto 30/06/09
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