
Sob epígrafe de Miguel Torga
Data 28/06/2009 11:15:13 | Tópico: Poemas
| Não tenho nada mais senão asas. Miguel Torga
1. Corpo
dói-me o corpo onde a vida repousa cansada desta via de versos de imagens pendentes nas árvores onde ninguém a sombra busca
2. Asa dextra
mas há uma pedra algures que vento algum vergasta uma pedra onde o cansaço se enamora e nos abandona embora por instantes como sede que prova o mel em lábios de água
3. Asa sinistra
e há um olhar que brota do âmago da terra traz os aromas da infância os seus gestos despertos pelo espanto de um encontro sempre inaugural
4. Voo
dói-me o corpo cede ao peso do tempo restam-me as asas forjadas nesta fogueira de palavras iluminada de acordes e sentidos
Xavier Zarco www.xavierzarco.no.sapo.pt www.xavierzarco.blogspot.com
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