
Vida.
Data 18/06/2009 00:24:21 | Tópico: Poemas
| Apenas vivo em poesia, sem a escrever. Vivo em silêncio num mundo gritante. E vivo num choro Sem derramar uma só lágrima. Respiro liberdade Num mundo tão cheio de regras. Vivo para as sensações, Quando todos procuram explicações, Análises! Entendimento nauseante... Ah! Que lógica entediante. Que sono de não entender, Que fome e sede de apenas ser... Existir e ser e nada, e nada mas E tudo ser.
Isto sim, é poesia.
Mas finjo. Finjo E sempre fingi. Qual teatro, qual encenação Absorvida por sonhos, interpretada Sem nunca o dever ser.
Mas sou banal. Sou banal E sempre fui... ...banalmente importante.
Então fui, e sempre fui. E fui, e importei, e finji, E esqueci: e nunca ninguém soube. E se soubessem, o que saberiam?
Talvez tudo e nada, Talvez o soubessem saber Talvez o devessem saber? E talvez soubessem Perceber que o mistério Das coisas é precisamente e tão somente: Percebê-las, analisá-las, explicá-las.
Amar? Não, nunca. Amar com sentido, nunca. O único mistério é não (apenas) amar, É não amar com sentimento, Amar com sentido.
Ah, sensações...
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