
país sem nome
Data 17/06/2009 14:34:00 | Tópico: Poemas -> Sociais
| apresenta-me o mundo, desconhecido, com esse teu olhar de vazio na face a expressão de nada no corpo e a tua alma esmagada que sinto no vento forte, leva-me a vaguear à noite por este país sem nome com criatividade absurda e espasmos de loucura este país de artistas e engenheiros e senhoras com banqueiros de povo morto antes de nascido e lembrado do há muito vivido mar, estas cidades desertas e bancos de jardim por esvaziar discotecas cheias e clubes de strip a abarrotar, onde igrejas enchem pessoas e padres cegam a vida de crianças empobrecidas país este desconhecido ao outro mundo além do normal com escolas que penetram vidas e destroem monstros temidos, analfabetismo (pena estas escolas serem fantasia) onde as urnas têm bombas (como poderiam não ter ? o povo não quer votar) e outro desconhecido sem nome morre de overdose numa valeta citadina ou numa casa rural. leva-me, desconhecido, e no fim (sim, estou a implorar) diz que afinal sou apenas eu a sonhar.
Joaquim Salgueiro
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