
As mãos
Data 12/06/2009 20:17:11 | Tópico: Prosas Poéticas
| Criei em mim um suspiro De uma espera qualquer. Tenho a paciência e a dor Daquilo que não consigo alcançar. Subitamente olho para as minhas mãos Onde ainda tenho os resquícios do teu toque. Como me apetece que estivesses aqui E entrelaçasses as tuas mãos nas minhas Numa dança sem fim. Lembro o caminho que fizemos. Grassa em mim uma monotonia esquisita, Daquelas que nos tolhem a razão. Gostava de sentir a tua falta Sabendo que virias ainda hoje. As mãos vazias agora preenchem-me. Ando de um lado para o outro Numa azáfama de quem quer voar. Se chegares entretanto chama-me. O meu nome continua o mesmo E a tua voz sabe como chamá-lo. Gostava de poder multiplicar as boas sensações. Era tão bom quando te pertencia Como um todo certo e coerente. Por ora, olho o meu punhado. Nele cabe ainda a tua mão. E ainda, lembro, o teu corpo Vestido com a sorte dos meus dias. Juro que te quero como quando Permutávamos as nossas mãos.
12 de Junho de 2009
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