
Ao Bailar das Árvores
Data 09/06/2009 09:41:40 | Tópico: Poemas -> Saudade
| Em tantas vigílias, esses anjos de mármore, Expiam - em suas solidões - toda uma vida inteira! Enquanto da charneca, a copa das árvores, Vão no balançar de tão vermelhas cabeleiras!
E balançam, de um lado para outro, aéreas, Nos campos insepultos de tempestuosas solidões! E tão impassíveis, como gárgulas pétreas, Deixam-se vergar, no retumbar de mil trovões!
As árvores aspergem suas dores pelo chão, E se deixam levar pelo vento, assim, desfolhadas! Seus desnudos galhos entrelaçam as mãos, Que muito me vão sobre o corpo entrelaçadas!
E balançam!...E se curvam!...E vão todas, assim, Como se muito o fossem de ti, toda a magia! A magia - que há muito tempo feneceu em mim -, E que hoje me é saudade todo o fim do dia!
(® tanatus – 05/06/2009)
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