
29. Da sombra a luz se alimenta
Data 07/06/2009 17:57:58 | Tópico: Poemas
| Vazio Ermo e só me ergo do nada Onde tudo é trevas E sombra De mim herege No caos tropeço e me levanto em busca da luz que é hoje
Errei no nada Nele me perdi da vida por tanto tempo Perdi-me no sono das palavras ancilosadas Música pungente das palavras esfarrapadas Terias de sombra Torres estáticas sem movimento
Na plenitude da boca fechada calavam-se as palavras por dizer O peito rebentava de raiva amordaçada e o grito no fundo da garganta reprimido revolvia-se aflito em tardos dias por nascer
Da sombra a luz submergia em ondas de vontade Explodia o fogo Rompia-se o silêncio em agonia no interior da boca amordaçada A sombra das paredes por erguer respirava em ondas de sol e de cansaços E afluía em abraços incompreendidos a palavra
Alvaro Giesta (pseud) para o projecto “o íntimo da palavra”) Publicado no jornal "Rostos"
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