
POETA DAS HORAS TRISTES
Data 31/05/2007 20:57:04 | Tópico: Sonetos
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Estou para a poesia como para o ar que respiro, Tudo em mim é uma envolvente e é dela que retiro Todo o prazer que me é dado a ver, nesta singela Vida, onde nem sempre o que parece é, mas nela
Me concentro e tiro os dividendos mais aprazíveis, Como a chuva que vai lá fora, de gotas indivisíveis Ou o vento que sopra na árvore e arrebata o olor, Que chega até mim como um intenso e subtil frescor.
Sou poeta das horas tristes, de quando a noite cai, E traz consigo as sombras derradeiras e distantes, De um véu que amadureceu ao sol que se esvai.
Poeta do quase tudo quase nada, com o horizonte Posto nos olhos, onde as palavras são agravantes Do seu ser consciente, como água da mesma fonte.
Jorge Humberto 31/05/07
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