
Juncos de fumaça
Data 15/05/2009 20:10:23 | Tópico: Poemas -> Amor
| A fumaça fere no silêncio E não sabemo-nos felizes
Aterradoramente, diríeis Que a calma recrudesce Nossas plenas tristezas
Pois os abismos nunca sobrepõem Seus cílios empedernidos Nem ao menos para amar...
Insistiram apenas aqueles Que soçobraram juntos Juncos, a princípio, Jacintos de amor...
Mas eis que depois o ódio E então o amálgama macio: De um vinho-lodo De um sublime-mesquinho De um espasmo-lágrima De um sussurro-tapa De um Éden - Todos os Infernos.
Ternos seriam na morte Mote de degredo Entre beijos de fome e nojo Entre unhas de querer e de desprezo.
E, entretanto, tanto se confessa Prece e blasfêmia nessa messe Que onde pese o tempo leve Entre bocas quem mais peça Mais abismos e quermesses.
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