um poema que ruiu

Data 27/05/2007 19:42:40 | Tópico: Poemas -> Tristeza

Sinto-te e foges,
Consomes
O ultimo fogo em mim
Já extinto.

Persisto em continuar,
Sabendo
Que nada irá mudar.

O tempo
Entrega ao vento
A semente de poesia,
Por nós semeada.

A água, será mágoa
A noite ceia,
De um desejo construído
Em grãos de areia.

Que a onda lava
Tal e qual entregou.
E a mão do poeta lavra
A terra, onde antes semeou.

Semeou,
os sonhos mais belos,
Perdidos em castelos
De muralhas frágeis.

Dessa semente,
Nada surgiu,
Se não a muralha,
Aquela que ruiu.


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