
ECOS DA LIBERDADE
Data 12/05/2009 18:10:17 | Tópico: Prosas Poéticas
| Ah! Como eu desejava não ter infringido as regras Como queria não ter pecado Contra as posturas sociais Como eu queria não ser visto como subversivo Como eu queria mudar a política.
Ah! Com eu queria não estar cercado Por estas grades Sufocado entre quatro estreitas paredes Sem ver a luz do sol Sem saber o que é o amanhã, ah!
Esta penitenciária Este pátio sombrio e fétido Este catre espinhoso Esta solidão Encolhem minha alma O arvoredo infindo é apenas uma mancha Perdida numa folha de papel O mar É somente o bramir do leão Ecoa ao longe E sinto apenas sua espuma causticante A ferir minha pele.
Esta cidade me sitia, me asfixia Os grilhões pesam sob meus pés As pessoas me dardejam com os olhos Censuram-me Conduzem-me a despenhadeiro Nela sou um prisioneiro O mundo me sitia.
JOEL DE SÁ 12/05/2009.
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