
Circo
Data 04/05/2009 22:28:14 | Tópico: Poemas -> Góticos
| Amarrado e amordaçado Vedado e pego Eles estão todos às suas ordens
Eu sou cadáver, eu sou a carniça da presa Eu tenho um corvo em cada canto Arrancando os olhos em minha máscara da morte A escuridão está completa
Quem é o vedado, mãe minha? Quem é amordaçado quando todos estão quietos? E mordido quando nos movemos
Inflamada! Minha máscara está queimando A noite está morta; negra, pútrida carne girando Sobre uma cadeira no canto moribundo Eu sou sua sacola de medo Eu irei confiar, eu irei admitir Eu serei a adaga, finque-me Serei todo inerte e imóvel Meu rio corre por dentro - sereno e profundo
Eu sou cadáver, eu sou a carniça da presa Para a tribo de ciclopes Pendure-me em uma cerejeira Venha um, venham todos - e se pendurem comigo Já estou amarrado Emaranhado em suas cordas de marionete
Estou dançando A personificação do medo Um terremoto para cada lágrima assustada Um tumulto para o virtuoso No fim Eles já não sabem Atiram pedras no espelho - neles mesmos
Mãe minha! Perfure a si mesma, mãe minha Sangre seu próprio rio, negro e extenso O meu corre por dentro, sereno e profundo Não me agite tanto, ele irá transbordar
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