
Almas Eternizadas
Data 29/04/2009 11:20:49 | Tópico: Poemas
| Nossos corpos fustigados de loucura Se atraíam inevitavelmente nas areias Da baía azul, onde das místicas sereias, Apaixonados, nós sentíamos a doçura
As longas noites vividas de felicidade Celebravam ao mar sereno tal romance O céu estrelado lá era somente você E eu via nossas almas atingido a eternidade
O conforto do meu interior Era tão evidente que o desespero De sair de lá me induzia ao mosteiro Pois da água cristalina tu eras superior
Tantas e maravilhosas lembranças Gravadas nas tenebrosas montanhas Que em suas pedras sólidas e castanhas Se retratavam nossas utópicas transas
Os envelhecidos sonhos aconteciam Naquela longínqua e baía imaculada Onde de pejo os outros adormeciam Na tenda azul brilhando na alvorada
As peripécias de quando o fogo Se apagava e as carícias do gostoso Amor que, à nós tanto embriagava E o desejo de suicídio ali não assolava
Quando o seu não era perigoso O sim! Então salvava a emoção Que apressadamente ia do coração Para deleitar teu seio fogoso…
O mundo esquecido de verdade O alimento aquecido aos beijos Que o intruso confundia com desejos Virou enternecido o amor da saudade
Luso-poeta JoséHonório

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