
O poema da descrença
Data 23/05/2007 22:57:17 | Tópico: Poemas
| Áspero, ao invés de suave e delicado, dou-me ao cansaço em vez de ao espairecimento falado que é dito, num quase talvez a um outro muito pouco com coisas de louco que me matam rouco, em desvio raro ao percurso do aparo.
Feita em desenho de símbolo que desdenho, a fé caiu-me ao pé e ficou ali rezada num é e não é que se reduz a nada depois de me dar, numa quietude de gelar, o que me deita no chão já bambo e desossado dentro de um prato mal lavado.
No fundo, é coisa de escrevente quebrado e descrente que arrola o mundo como se o quisesse vender a um outro qualquer por falta de vontade de lhe dar uma identidade.
Valdevinoxis
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