
Crueldade
Data 20/04/2009 22:59:30 | Tópico: Poemas -> Sombrios
| Prados verdes, árvores de fruta e cerejeiras em flor, onde estou quedada recordando a minha infância.
Recordo quando livremente corria, enquanto metia os pés na terra húmida e quente.
Sorria.
Aquela terra à qual pertencia, terra mãe em que me ajoelhava quando tu me batias.
Clamava, “Pai não me bata mais, eu não fiz nada”.
Nunca fiz, era apenas tua filha.
Olhas e sorris mas sinto que não és feliz.
A maldade e descrença fizeram de ti um ser repelente, tens um coração que não ouves nem sentes.
Deixa que ele bata ao sabor do amor, que conheça esta minha dor.
Aprende a gostar de mim tanto, tanto como eu pensei e senti que um dia gostei de ti.
Queria tanto chamar-te pai em tons de filha amada.
Meus lábios não sabem dizer, sentir ou fingir, mas sabem beijar para um dia quem sabe?
Poder contigo estar.
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