
Soneto do Silêncio
Data 01/04/2009 11:19:37 | Tópico: Sonetos
| Quando n'alma minha, o silêncio a deforma... Os mosaicos de solidão decoram meu peito. Eu quis viver a vida, mas o silêncio eu elejo; Em cordéis de prata, os sons são esmolas!
E a calma do mundo já não existe nessa hora! E o som das palavras são como ventos rarefeitos São lágrimas amargas, nos choros dos leitos São a voz dos meus momentos, que eu recolho em penhora!
E voo como andorinha a buscar meus desejos! Não quero falar, prefiro esconder o que não vejo; Não quero gritar, basta olhar à minha volta...
O silêncio é o pai das amarguras E a palavra, por vezes, a mãe da loucura O meu silêncio traz à minha alma a resposta!
(Ledalge, Salvador)
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