TIMORATA (PÁGINA QUATRO)
Data 31/03/2009 20:14:46 | Tópico: Contos -> Infantis
| Noite de Lua cheia. O luar dava ao trevo uma cor verde prateada.
Aqui e ali, várias famílias de coelhos procuravam a erva, a mais tenra.
Os mais pequeninos corriam, saltava, rolavam sobre a erva, enfim, eram felizes.
Os pais estavam atentos a todos os movimentos dos filhotes não os deixando ir para muito longe,
o perigo ronda a cada canto do prado.
Timorata, com a sua família, também estavam presentes.
Timorata, nervosa, esperava o momento do encontro entre o seu papá e o papá de Pimpão.
A Lua já ia alta, Timorata começava a perder a esperança, eis senão quando, a família de Pimpão, enfim chegava. Bigodes de prata à frente e Pimpão entre os seus irmãozinhos, espreitava para tentar ver Timorata.
-Enfim, disse Timorata, eles acabam de chegar e caiu sobre a relva. Todos correram assustados.
-Timorata, Timorata... acorda, abre os teus olhinhos minha pequenina, mas que tens tu? Fala.. diz qualquer coisa.
Pimpão que a tudo assistiu, começou a ficar inquieto.
-Papá.. papá... gritava Pimpão, faz qualquer coisa, não deixes morrer Timorata!
-Ouve meu filho, não sou médico, mas maleitas como esta de Timorata, só tu as podes curar. Não te inquietes, pois que uma doença de amor é o melhor que nos pode acontecer e rindo... pergunta à tua mãe.
Pimpão, viu que Timorata começava a se levantar e com um sorriso nos lábios, deixou sair esta frase... meu amor!
Os pais de Timorata trocaram um olhar, incrédulos do que tinham ouvido.. Nesse preciso momento, Bigodes de Prata aproximou-se dos pais de Timorata e disse:
-Eu creio, que, caro casal de coelhinhos, são os pais de Timorata.... estou enganado?
-Não, não está enganado, somos nós mesmos, mas porquê essa pergunta? Não tenho o prazer de o conhecer!...
Eu apresento-me. Bigodes de Prata e minha esposa, Olhos de Prata.
-Encantados! E eu sou Pata de Veludo e minha esposa, Lábios de Veludo.
-Encantados, disseram por sua vez os pais de Pimpão fazendo uma enorme vénia.
Apertaram as patas e Pata de Veludo perguntou:
-A que devo a vossa visita?
A. da fonseca
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