
LADO ESTÁ ENCARCERADO
Data 27/03/2009 19:00:39 | Tópico: Prosas Poéticas
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Lado quer a liberdade Não quer a asfixia As grades, o mofo, a mofa A ferrugem, o ferro frio Muitos anseios, tantos planos Sem caráter, sem brio Abelardo é seu nome Habbeas Corpus, sentenças Aqui ele não tem nome Nada restou Do apelido de criança Dos mimos da mãe Do pai Dos folguedos pueris Todos têm o mesmo plano A mesma cabeça O mesmo quadrilátero Seu nome tá na parede Como d’outro prisioneiro Pichado feito um frangalho Lado não é mais pirralho Não significa mais nada É apenas Abelardo Homem feito, refém do crime Que o tempo endureceu Que a prisão corrompeu E as memórias de criança Foram apagadas.
JOEL DE SÁ SP, 27/03/2009.
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