
NA VIDA OU NA MORTE… MEU AMOR
Data 26/03/2009 18:29:18 | Tópico: Poemas -> Tristeza
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Ah, podeis fugir, senhora, negar-se a meus impulsos e desejos; tratar-me como a um desconhecido, simples vagabundo sem norte; sem casa nem amparo, coração ferido, meu algoz, que julgava distante.
E se quereis, meus versos, senhora, jogá-los à fogueira, dos infernos; escarnecer de mim, do meu amor, por si, deixado em cada um deles; saberei calar minha insignificância, perante sua grandeza, que venero.
Que eu saberei procurar o maléfico passado, onde vós, minha senhora, se passardes por mim, podereis chamar-me de desgraçado, e, num altruísmo, sem par, ao chão jogar, uma côdea de pão, por sua excelência.
Ficai no entanto, sabedora de uma coisa, senhora, meu amor por si, é tão real hoje como ontem. Assim, se virdes em minha lapela, uma rosa branca, eis que, essa é a minha mais genuína forma, de tê-la sem ofensa.
Porque, sem si, senhora, é para mim, morrer em vida, onde mais nada terá significado, que não a própria morte. Pois que, assim sendo, esta me leve, na mais das profundas pobrezas, no chão sumir como faz um verme.
Jorge Humberto 25/03/09
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