
PARA SEMPRE MEU PAI
Data 18/03/2009 18:38:03 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
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Nascendo detrás da montanha, juntamente com seus irmãos e irmãs, cedo a deixou para trás, para vir morar para a bela aldeia.
Aí fez seu lar, indo logo trabalhar para uma grande fábrica de vidro. E por quarenta anos, esse foi pois o seu dia-a-dia, até vir o descanso.
Meu avô, que dele muito gostava, tudo fez para que minha mãe com meu pai noivasse. Porém veio o dia e o serviço militar teve de cumprir.
Em tempos de ditadura e colónias, dois anos serviu sua pátria, e logo, rumando à Guiné, outros dois teve de se sujeitar, e por cartas noivava.
Regressado a casa e à nova aldeia, o namoro tornou-se deveras forte, não deixando para trás seu trabalho, para contentamento, de meu avô.
Já casados, pela vila foram ficando, de casa comprada. Onde eu viria a nascer, para alegria, de pai e mãe, que não cabiam, de tão contentes.
Sempre que vinha de viagem o pai, um brinquedo escondia até que eu estimulado pela curiosidade pedia que me desse, e já eu brincava feliz.
Até que chegou o dia, em que nova casa, fizemos nosso lar, num bairro pertença da fábrica, onde, pai, fazia anos trabalhava, desde muito cedo.
Assim, ao meu pai, reconheço, anos e anos de labor intenso, onde nunca nada nos deixou faltar. Aceita então, meu pai, este poema que te recorda.
Jorge Humberto 17/03/09
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