
ENTRE ALGUM LUGAR(ODE A WALLY SALOMÃO)
Data 18/03/2009 12:35:48 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
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Vérvico galopar Entre o poroso e o hermético: Sua mente flui, reflui Pelas alamedas, ribanceiras Cordilheiras do Clássico, Do Moderno e pare, assim, Um Autêntico Contemporâneo
Fazer Poético Cosmopolita, Latinoamericano, Brasileiro, Nordestino, Baiano, Plenitude do Universo retroagindo-se e se açambarcando!
Seu verso cavalga Pela estrada da reflexiva, Filosófica, sonora, Jocosa, prosódica, Culta, dionisíaca, Difusa, diáfana, Ferina, aquática, sábia, Copiosa, prolífica, ígnea, Reta, Obliqua, Acuidosa, Expedita, Gostosa, Dúctil, Livre, Liberta, Libertina, Geral Geleia, Gelatina, Eclética, Ladina Metalinguagem.
Seu poetar codifica e decodifica A Metalinguagem. Seu poetar Penetra e ejacula a Metalinguagem.
Seu poetar É a Metalinguagem Que vocifera Contra a lepra qual acomete e devassa a emoção E contra o vírus Da hipocrisia, da miséria, da vácua poetização!
Seu poetar É a Metalinguagem Que afaga, fecunda e soca A janela da intimidade: Expondo eloquentes aquarelas Da introspectiva realidade.
Seu poetar É a Metalinguagem Que rompe e carcome O indestrutível cadeado Das senzalas da Palavra.
Seu poetar É a Metalinguagem Que descabaça O vapor barato
Pois o falo que a aparelha É verbo nascido Do ventre do fogo e do aço.
Seu poetar Alimenta-se Da molécula Que fabrica A Metalinguagem:
Ele bebe a água da Metalinguagem. Ele come a carne da Metalinguagem. Ele assume a pelagem e a identidade da Metalinguagem. Ele é a própria Metalinguagem, na verdade!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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