
Sinais
Data 16/03/2009 21:40:59 | Tópico: Prosas Poéticas
| Interpretações interpenetrantes Certos e errados que só cabem dentro de nós Em nossa estória nasceu a virtude E também sua antípoda a convicção moralista.
Utopias anarquistas e regressivistas A juventude desmamada sonha o caos Do fim das corretagens do fim do controle Mas destruir só vale se for pra construir em cima.
O medo o gélido trunfo das entranhas O desconhecido de bacolejos violentos Os riscos que assumimos pelo vinho Guerra travada pra se poder fumar.
Entrementes providências e proteções A previsão da entorpecência acalma Amaina a fúria infantil em cânhamo E boa música flui natural dos poros.
O destino sem respiro do insatisfeito Eterna busca por não se sabe bem o que E mesmo a tensa evolução do sério do comprometido Tudo espirala em torno do mesmo vermelho emocionante Das paixões instantâneas e doentias dos Picassos contemporâneos Dos orgasmos incomparáveis consagrados somente na agonia do adultério.
Quisera meu mecenas divino Velho tarado que me sustentasse a poesia Mas daí o poeta sentaria Acomodado pela balbúrdia da expectativa Só diria de temas frívolos Pra não mais ofender à gleba insensível Manter o ordenado certo Mas ai desgraça o que peço é só mais dor.
Desdenho as soluções definitivas Quero problematizar as certezas Pra que ao fim do escrutínio são Saiba-se confluir ardor e amor.
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