
A ESPORÁDICA MAJESTADE DO INCOMUM(inédito)
Data 16/03/2009 13:59:51 | Tópico: Poemas
| Há dias que a retina não controla A projeção de imagens. Há dias que a urina infunde Á leve menção do simples laivo da vontade. Há dias que a doce e inócua brisa Escalavra cruelmente a face. Há dias que a noite É contínua manhã incólume: a aderente Paisagem! Há dias que a Escuridão é a alameda Onde reside a foz de toda a universal verdade. Há dias que o dia Aparenta ser fluxos e refluxos de miragem. Há dias que o Poema É o mais etéreo plenilúnio da Vacuidade Há dias que a latitude e a lembrança São o mais edaz epicentro da saudade. Há dias que o ser concreto São os sortilégios de Mérlin, Iemanjá, Baco, Amon-Rá e o Hades. Há dias que o Poeta É corpo sem Verve, a terra sem Verbo: A Vácua Viagem! Há dias que a guerra Sucumbe ao sopro do vento da Amizade. Há dias que a Porta Não é uma mera passagem. Há dias que o sofrido povo Não é miríade e sim, O Principal Personagem. Há dias que a Poesia sonha O sonho de ser o Graal da IGUALDADE!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
|
|