
DESCANSA EM PAZ AGORA (para o Zé Carlos)
Data 07/03/2009 18:30:36 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
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Ah, mas dêem-me a música, talvez assim acalme, minha dor e monstruosa revolta, que vai no meu peito!
Nasce-se. Morre-se. E tudo é tão assim, que o que temos, de pouco nos serve, quando a morte, vier de mansinho, reclamar sua divida.
Glória passageira, nesta vida, somos simples bonecos, de cara enterrada na lama! lutando e pedindo, só um pouco mais de tempo, para que a flor-de-lis, venha a ter, o seu merecido despontar.
E vemos nossos filhos crescer, de encontro ao focinho, da corrupção.
E depois vêm os netos. E quando pensamos, que, a tranquilidade é connosco, podendo vê-los crescer e brincar com eles, logo a desgraça se abate, imerecidamente.
E ficamos doentes, entregues a hospitais, sem qualquer humanidade, que de pronto, nos abandonam, à nossa pouca sorte.
E a casa regressando (nunca melhores), apenas a terra e as cinzas, nos esperam, enquanto os assassinos, se passeiam.
Na flor da idade, obrigaram-te a partir, meu querido, Zé Carlos, simpatia em pessoa, para com todos…
Pois quem de atenções, devia cuidar-te, simplesmente, não cumpriu a promessa, juramento de todos os médicos.
Meu choro, não cabe mais em mim, porque não me vesti de sangue novo, resgatando-te, para a vida.
Nada fiz por ti… e a minha vida, não te a entreguei, em mãos… então, porque me digo eu poeta? Ah, quanta falsidade, vejo hoje, existir em mim.
Nada… é o que sou.
Jorge Humberto 06/03/09
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