
Introduções
Data 03/03/2009 22:50:07 | Tópico: Prosas Poéticas
| O gozo é a origem de toda vida E também a finalidade reincidente Do gozo viemos Ao gozo voltaremos Voltamos sempre que podemos.
Luta diária contra o mofo e o musgo No acimentado e nas paredes do corredor lateral Enfurnado nos quartos e no estúdio de som O líquen desvairado me punge ao peito Luta diária contra a tuberculose desbragada Acendo fogueira no quintal pra curar Sobem os fumos lázulis e liláses A grama nova ainda tomando raízes.
O sangue prefere passar discreto Escondido O sangue prefere passar silencioso Mistério Só jorrar nas bocanhas ímpias Já goela abaixo do predador Sem desfalques na mística.
O suor banha o corpo heróico Sóbrio profano destemido Ele beija-lha à concha Chupa fora a fina pérola Da paixão regalada Do são assanhamento.
Risos de outrora E más lembranças de que já me esqueço O dia me nasceu no meio da madrugada E só soube agradecer Só soube dizer perscrutado pelo arrepio Obrigado pai sem nome Obrigado pela desavença do desafio Pela prova de fé Doída solidão leal que floresceu e borboletrou Sagaz noção do real que projetou e fundamentou.
Devoro-lhe os miolos caro leitor E minhas tripas saltam soltas pelas pontas de meus dedos Cocegando o cócxis tímido e retraído da erudição poeirenta Um sol implode Vulcão abrupto do vilipêndio poético Os invejosos escarnecem E a musa umedece.
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