
Réstia de Ironia
Data 01/03/2009 01:34:50 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Réstia de Ironia
Quem – mas quem sou eu afinal? Que origem me vem escrita no sangue, Que misteriosa fonte dita o homem? - Em que prodigioso manancial sorveu ele a vida e brotou o Amor?
Morará o meu princípio no Acaso Filho de matéria inerte e da noite, Por seu turno saídos do nada? - Será que por detrás dos ventos se acoite Portentoso Zero que à vida deu azo?
Ao nada rendo a minha homenagem E em nome do Ser a gratidão - Não foras tu ó grande Ausência Que em arroubo de dantesca potência O mundo arrancaste à eterna solidão!
Obrigado oh Nada pelo teu cuidado Em dares vida ao vazio imenso. -Que ondas do mar te inspiraram - Que estrelas porventura te levaram A dares provas de tão esplendoroso senso?! (…)
Nota: Confrontando-me frequentemente com excelentes trabalhos de companheiros da Luso-Poemas, entendo dever esclarecer o seguinte: para além da minha modesta participação, cometerei a injustiça de ser escasso nos meus comentários. Acontece que me confronto com uma extrema dificuldade de visão que me força a ser sóbrio em tudo o que reclama o uso dos meus frágeis olhos. A vossa compreensão e o meu obrigado. Antónius
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